|
|
20020630
{zen}
Mente é tempo. É preciso "sincronizar" os poderes intuitivos com os do raciocínio. Temos uma atrofia dos primeiros e uma hipertrofia dos segundos. A tendência é ficarmos sobrecarregados de raciocínio e vazios de intuição, acostumados com "mil vozes dentro da cabeça" e dominados por fluxos de pensamento fora de controle, como se isso fosse o mais "normal". Se não houvesse lado ruim nisso, seria apenas divertido; mas chega o ponto em que se perde a visão da situação e toma-se a pior decisão possível, apenas para se dar conta do erro um breve instante depois. E "a vida não tem Undo". Os piores aborrecimentos que já me causei sempre foram desse tipo. Aos poucos, porém, fui descobrindo o potencial (note bem: potencial, ainda tenho muito chão) de agir espontaneamente sem medo de falhar. O objetivo é limpar a mente e ampliar a percepção até que todas as decisões sejam tão naturais e óbvias que não envolvam mais mastigação mental. Karma-Yoga. E isso só nasce do autoconhecimento profundo. No budismo fala-se em "óctuplo nobre caminho". A ação correta é um deles, mas não pode ser considerada isoladamente.
5:18 AM
20020629
{om}
a maioria disso tudo (q eu falei) é julgamento. inútil.
10:26 PM
{om}
não sei se é alucinação angelical, mas em cada situação, em cada pequena micro situação cotidiana, eu consigo imaginar o que penso ser uma atitude ideal (pelo menos até onde eu sei, logicamente) de tratamento - pacífico, amigável, agradecido, de auxílio, (talvez) de purificação. atitude ideal que talvez possa ser interpretada por ação correta, como pregam os budistas. ou ação ideal, como diz o maharishi. e e' uma coisa relativamente fácil pra mim realizar - embora seja algo tb um tanto inédito. é mais "natural" pra mim uma mistura cada vez menos regular do destruir (não há muito o que me convença que eu não esteja sendo o tal julgador dualista ignorante) e do construir. muito disso tem a ver com o que eu te falei de nós (ocidentais) termos que entender a engenharia da máquina ao invés de confiar simplesmente. até pq é uma necessidade, afinal estamos tomando conhecimento da engenharia com a vida em andamento, isso não foi um ensinamento precoce nem uma religião que ganhamos ao nascer. nós temos uma abordagem (teoricamente) científica pra tudo (teoricamente pq muita gente só pensa que tem essa abordagem). o que está mudando na minha atitude de destruição é que há mais esse ponto de estabilidade, de equilíbrio que você falou - há uma consciência que registra serenamente o ato (missão cumprida?, talvez) sem se perder muito nas chamas. mas que ainda não me deixa confortável. tenho a impressão que o destruir como atitude é o simples espelhar do carma negativo externo (fazendo progredir o seu) sem nenhuma purificação.
10:19 PM
{om}
E eu estou devendo os trechos do Filosofias da Índia. P.S.: Muito bom o link do sivasatki.com.
10:12 PM
{zen}
Argh! Estou me repetindo!
4:52 AM
{zen}
Vou começar a buscar os textos pertinentes que já saíram no outro blog e montar um arquivo paralelo deles aqui para discussão.
4:37 AM
{zen}
Asanas não são simples ginástica.
4:31 AM
20020628
{zen}
Encaro o lança-chamas sem culpa, mas com alguns grilos.
Quando comecei a fazer o meu site (bem antes de transformar a home num blog, diga-se), selecionei os meus trabalhos que julgava importantes para pôr no portfólio. Não soube selecionar direito e resultou um excesso de páginas à toa, por um lado, e a ausência de páginas importantes, por outro. Preciso passar a foice nelas!
Mas sei que vc estava falando de outro tipo de destruição ;)
Destruir envolve gastar energia, exatamente como criar. Assim, a gente tem que dosar a energia empregada de acordo com o resultado esperado, da mesma forma que a dosamos na hora de criar. Há limitações. (OK, nem sempre; o entusiasmo nos arrebata...) Isso quer dizer que tanto é mais importante atacar algo quanto mais próximos a nós esse algo for. Existe, porém, uma segunda força, que é do coletivo, e se um número suficiente de pessoas próximas atacar algo, a prioridade de participar nisso aumenta. Esse jogo de processos é intuitivo, não obedece a fórmulas e padrões. Por isso, não é o caso de encanar. Eu posso estar puto hoje e pacífico amanhã e tomar decisões completamente opostas baseadas nisso. O negócio é desenvolver uma supraconsciência que nos ponha num ponto de vista de - eu não diria "distância" nem "neutralidade", talvez "estabilidade" - em relação à situação. Eu tive esse "insight" em 1995, quando em meio a uma turbulência circunstancial muito prolongada, criei espontaneamente um cartaz representando "o olho do furacão", no sentido de "no meio da tormenta, seja o ponto tranquilo" (se encontrar isso em casa, ponho aqui para vc ver).
Mas sei que vc estava falando de outro tipo de destruição ;)
9:13 PM
{zen}
Destruir é transformar.
9:06 PM
{om}
Você vê, sempre que eu tenho q atender a Shiva, me sinto mal. Ainda faltam alguns capítulos para eu aprender que destruir é realmente natural. Tenho a impressão de estar sendo sempre um julgador dualista ignorante, talvez pq eu sinta grande influência da mente no processo, e não uma trajetória natural que me foi imposta. Quando na verdade pode ser justamente o contrário. Que coisa. O q vc acha disso? Vc me parece um cara que curte o lança-chamas sem culpa. ;)
10:23 AM
{om}
Eu acho uma merda a gente ter q falar - ou mesmo pensar - essas coisas sobre o yoga. Acho que era dever de nós yoguins praticar o não-julgamento e deixar que cada possível erro de cada escola pague por seus defeitos no tempo certo. Mas como vc falou, e eu de certa forma concordo, é hipocrisia dizer que eu não penso assim. Vou deixar de pensar, mas não agora. Agora eu concordo plenamente com vc na sua análise do Swásthya Yôga. Aqui em Floripa, mesmo antes de eu iniciar no yoga, já havia ouvido reclamações de que o Swásthya era, pasme, mercenário. Que adjetivo horrível para se attachar ao yoga. Bem capitalista, bem ocidental mesmo. Pensei: ou os caras que estão avaliando estão muito errados, ou, putz, essa Swásthya tá no caminho bem contrário. Vendo vc falar não há dúvida do q realidade predomina. Mas a pior coisa é você ver o Mestre DeRose propagandeando que o yoga que ele faz é o único verdadeiro em todo o mundo. Gee! Que respeito pelas outras academias! Que respeito pela Índia! Que devoção por todos seus colegas instrutores! Nem merece minhas exclamações. Na nossa sociedade isso se chama injúria. Pior foi um dia eu ter encontrado um colega meu, um dos mais gente-finas e boa praça entre todos, e ele me dizer que fazia no Swásthya porque "era o único lugar onde ele fazia os oito tipos de yoga, onde era mais completo", me olhando de cima pra baixo porque eu fazia "apenas" hatha-yoga. Uhhhh. Corta.
10:13 AM
{om}
Extremo Ocidente Peguei emprestado seu título para usá-lo na minha definição de Power Yoga e Swásthya Yôga. Ambos sao os Alaskas do yoga, a guinada mais ao ocidente que o ocidente poderia fazer com o yoga. O Power tem essa ausência do próprio conceito do Yoga, é um Hatha Yoga sem o Yoga. E sem o Hatha. Mesmo nas academias onde se dá aulas de Power-Yoga como complemento, ela é o spinning da aulas - ou seja, a aula mais "puxada" e mais "suada". É onde o praticante se sente mais dualista, fazendo o corpo ferver e suar e sentir que aquilo foi "eliminado", ou seja, está fora dele, e ele agora está mais atlético - uma pitada de exercício ególatra, eu acredito (embora tb sinta efeitos energéticos dos ásanas). O hatha é o exercício contrário, é integração, é uma meditação de olhos abertos e na dança dos ásanas. Se vc ler o capítulo do hatha-yoga em A Tradição do Yoga, vai ver que o Feuerstein analisa o enfraquecimento do próprio conceito de hatha-yoga na Índia por causa dessa ofensiva ocidental q o transformou em ginástica. Vc bem anotou que o Power é um extremo, mas há muita academias aí fazendo coisa parecida. Resumidamente, eu vejo dois pontos negativos principais nesse desvio do yoga no Ocidente: - a transformação do aspecto meditativo e de integração do yoga, o aspecto do uno, em ginástica; - o enaltecimento físico dos resultados e do praticante (às vezes feito pelos próprios instrutores), onde venera-se o alcance do alongamento, a força nas posturas e outros aspectos meramente corporais em detrimento às diferenças pessoais de cada ser, às conquistas do todo, da harmonia da prática, da meditação, da correção dos ásanas, da Confort Zone, do equilíbrio ayurvédico, enfim.
9:59 AM
{om}
opa! e o gil não é um cara legal?
9:36 AM
{om}
não consegui entender de primeira o dvesha-yoga. é notável a lógica do processo, mas não fui muito além disso - ou talvez simplesmente esse tipo de yoga não tenha me tocado. por isso, claro, nao me parece um caminho tao agradável, me vem um cenário meio Terra há uns 2 bilhões de anos: imensas florestas de fogueiras, rios de lavas de vulcões, territórios negros e sombrios, enfim, uma anarquia do ódio. da' pra imaginar algo diferente? meu cenário preferido é o contrário - é uma preferência, tenho esse direito. mas uma coisa que me ocorre é que a gente, pelo menos nós ocidentais, temos uma necessidade científica de entender os passos da nossa evolução, se para sentirmos o amor é preciso dá-lo, a maioria de nós automaticamente quer saber como e porque isso funciona, antes mesmo de sentir como isso funciona. se a experiência vêm logo, talvez a explicacao seja dispensada, mas do contrário, nada feito. e entender os benefícios do ódio requer que você esteja pelo menos no meio da escada, eu acho.
9:33 AM
{zen}
Extremos Num extremo temos o Power Yoga. De repente, as revistas de boa forma começaram a falar nele sem parar, e sempre como se tratasse de uma modalidade de aeróbica, e ao mesmo tempo sem defini-lo claramente. Achei muito suspeito, ainda mais com um nome desses. Minha impressão piorou quando fui ao site principal da coisa, e a home page não é mais do um amontoado de links para vender vídeos e CDs. Na seção onde deveria haver uma explicação do treco, só existe um registro histórico vago. Qual é? O outro extremo é o Swásthya Yôga, do mestre DeRose. A primeira coisa que li sobre Yoga foi uma tradução do Yoga Sutra de Patañjali - graças justamente a essa escola, que se me apresentou como rigorosamente purista; no mínimo pela insistência (sem sucesso até agora, infelizmente) de ensinar aos leigos que o nome da disciplina se fala com ô e no masculino. Mas isso foi há 12 anos. Desde então, a escola aumentou muito; começaram a abrir academias mais depressa do que franquias do McDonald's. Duas coisas que não curti: alguns seguidores proclamam que representam "o verdadeiro Yoga", quando me parece que um yogin instruído deve pensar que esse tipo de afirmação é alheio ao espírito da coisa. Em segundo lugar, dá mesmo para formar instrutores com um curso metódico e corrido, como se tratasse apenas de Educação Física? (Devo observar que essas são apenas impressões superficiais que me passam; nunca estive dentro da academia para sentir o clima). As dúvidas têm a mesma origem. Yoga vem da mesma palavra que deu origem a "jugo", a qual significa "ligação", e que por sua parte tem a mesma origem de "religião". Não se trata apenas de ginástica.
2:14 AM
{zen}
Hoje li uma coisa muito bacana. A gente já sabe e tem como subentendido que, nas filosofias que estamos estudando, o ponto fundamental é a unidade do Universo e de todos os seres, e que a infelicidade humana nasce no momento em que surge o senso de separação ou individualidade diferenciada. A separação cria o vir-a-ser, ou a necessidade de se tornar uma outra coisa no tempo, que põe em movimento a roda do samsara. Até aí, tudo OK e bem entendido. A idéia nova que me surgiu é que o ódio, assim como o tempo, é um fator correlato, porque amplifica o senso de separação do ego. Aí, interessantemente, no "A Tradição do Yoga", página 356, temos o seguinte:
A doutrina mais extraordinária do Bhagavata-Purana talvez seja a do "Yoga do ódio (dvesha-yoga). De acordo com essa doutrina, o ser que odeia profundamente a Divindade pode chegar à realização de Deus tão prontamente quanto o que ama profundamente o Senhor. O sábio Nârada, um dos mais ativos porta-vozes da religião Bhâgavata, expressa-a desta maneira:
Todas as emoções humanas têm a sua raiz em concepções errôneas de "eu" e de "meu". O Absoluto, o Si Mesmo universal, não tem nem a noção de "eu" nem quaisquer emoções. (7.1.23) Por isso, o ser deve unir-se [a Deus] através da amizade ou da inimizade, da tranquilidade ou do medo, do amor ou do apego. [Deus] não vê distinção alguma. (7.1.25) Em seguida, Nârada menciona os exemplos de Kamsa, que chegou a Deus pelo medo, e de Shishupâla, rei dos Cedis, que chegou a Deus pelo ódio. Aliás, o ódio de Shishupâla foi cultivado no decorrer de várias encarnações. Foi ele o rei-demônio Hiranyakashipu ("Veste de Ouro"), que torturou Prâhlada, seu próprio filho, por causa da devoção que este tinha por Vishnu, mas foi morto pelo Deus que assumiu a forma de Nara-Simha ("Homem-Leão"). Numa outra existência, Shishupâla foi o demônio Ravâna, morto por Râma, encarnação de Vishnu. A idéia de que o ódio pode transformar-se num caminho que conduz a Deus, embora ofenda a sensibilidade convencional, é uma consequência lógica da antiga doutrina esotérica de que nós nos tornamos naquilo em que meditamos. O ódio intenso que Shishupâla concebeu pelo Senhor Vishnu teve por efeito fazê-lo pensar incessantemente na Divindade, ao ponto em que ele por fim foi absorvido por Ela. Isso nos faz compreender que o processo espiritual depende diretamente do jogo da atenção. É claro que, paqra que uma emoção negativa tão forte tenha efeito libertador, o ser precisa também ser dotado das predisposições kármicas corretas. O ódio absoluto é tão impossível para a pessoa comum quanto o amor absoluto.
1:48 AM
{zen}
Eu também passei por uma transição do seu tipo, n., e é por isso que estamos juntos fazendo este blog. A diferença é que não tenho vontade de contar o que se passou, não acho relevante no momento :)
Sobre Nietzsche, tem isto logo no começo do livro do mestre Deshimaru:
Conta-se que nos EUA era possível ler no frontal de uma universidade racionalista: "Deus está morto - Assinado: Nietzsche". Certa manhã, sob essa divisa apareceu escrito: "Nietzsche está morto - Assinado: Deus".
12:24 AM
{zen}
Esta frase eu usei na minha página de currículo por muito tempo:
Great spirits who think different have always encountered violent opposition from mediocre minds. - Albert Einstein
12:14 AM
{zen}
O cara que criticou o Gil é boa gente. Não zoa ele não :)
12:13 AM
20020627
{om}
"We should take care not to make the intellect our god; it has, of course, powerful muscles, but no personality." Albert Einstein.
7:04 PM
{om}
ah, já tinha usado essa também. mas ok.
"The intelligent man finds almost everything ridiculous, the sensible man hardly anything." Johann Wolfgang Von Goethe.
6:59 PM
{om}
repliquei essa maravilhosa frase do nietzsche aqui por sua excelencia matematica e seu conforto filosófico. primeiro, pq e' o q eu penso acerca da relação entre a racionalidade, a inteligência e a sabedoria (que muita tem a ver com aqueles combates sobre informação, conhecimento, educação, etc). durante muito tempo, antes de eu ser introduzido a esse conhecimento todo que vc já sabe há anos, eu sempre tinha comigo que um indivíduo inteligente nao devia viver reclamando, se relacionando com tudo e todos pessimisticamente, travadamente. um cara inteligente, pra mim, não fazia isso. ou seja, o cara, por mais conhecimento e experiencia que tivesse, nao era, de fato, inteligente. pq quando voce desvia a atenção da razão dualista para a integração quântica (e isso nao é um esforço religioso, é compreensão física, acho q nao preciso dizer isso aqui), tudo muda, e o humor é o primeiro sintoma real da transformação. pq o humor não mente. vc pode até tentar um esboço fake, mas o humor que eu falo é aquele derivado do brilho, que lava a alma e te desimpede de toda a poluição que se vê noite e dia. a frase tb é de especial usufruto aqui pq é de um filósofo ateu, não que eu veja algo de prolífico nisso, mas é interessante notar que a conclusão é de quem conhece a natureza instrínseca das coisas (embora negue sua unidade). há outras frases no mesmo sentido q eu vou tentar achar pra fazer companhia à sua coleguinha.
6:50 PM
{om}
"Growth in wisdom may be exactly measured by decrease in bitterness". Friedrich Nietzsche.
6:42 PM
{om}
obrigado por ter atraido meu karma negativo pra voce! hahaha! ;) porra, que viagem! o cara deve ter ficado tão puto que nem viu pra quem mandou! hahaha! sensacional.
6:40 PM
{zen}
Recebi um email criticando o Gil, como se a idéia tivesse sido minha!
6:06 PM
20020626
{om}
.
9:07 PM
{om}
como eu nao li nenhum dos dois livros ainda, tb nao tenho como tirar nenhuma conclusao. os dois sao muito bons e ponto. mas eu sinto talvez osmosicamente que se A Tradição do Yoga é nota 10, o Filosofias da Índia é 10,1. a vantagem do A Tradição é que é de 98, se não me engano, então ele se aproveita de toda essa mega-disponibilização da informação dos últimos anos. mas vc vai curtir muito o Filosofias, pode apostar, pelo menos até a página 25 ele dá amostras sensacionais. eu vou colar umas coisas aqui aí vc me diz. e pára com esse negócio de ignorante demais pq é pura falsa modéstia. ;)
8:41 PM
{zen}
Sei não, ele sai do caminho principal o tempo todo, e a explicação dele sobre as tradições religiosas é melhor até que a de textos especializados nas doutrinas. Sou ignorante demais pra ter sentido falta de alguma coisa, mas diga aí.
8:09 PM
{om}
so' que abrange "apenas" uma das filosofias da Índia, que é o yoga.
6:19 PM
{om}
tenho esse livro tb, é brilhante. não li inteiro, mas pelo que li dá pra saber. e o dono da pororoca, onde comprei o livro, fez uma propaganda fora do comum dessa obra. é obra-mestra.
6:18 PM
{zen}
Sobre filosofias da Índia, tenho um livro recente que considero absolutamente obrigatório: A Tradição do Yoga, de Georg Feuerstein. É uma obra enciclopédica (576 páginas em formato grande!) que comenta e explica tudo de forma muito organizada, com transcrições dos principais textos sagrados.
1:46 AM
{zen}
Antes do "seu" Heinrich Zimmer houve um outro, que estudou a cultura e a religião dos celtas.
1:39 AM
{zen}
E agora, um texto na medida para destruir a rampante impressão de que o Zen é sempre aquela coisa plácida, serena, delicada e fora deste mundo.
Chefe de um grande templo Zen, o Mestre Tosui o abandonou para unir-se a um grupo de mendigos leprosos. Na época, os leprosos, perseguidos, viam-se obrigados a reunir-se um comunidades. Um de seus discípulos o seguiu. Tosui lhe disse: "É difícil me seguir! Abandone tudo, até mesmo a sua túnica e sua tigela. Esta esteira de palha lhe bastará para dormir." O discípulo partiu com o Mestre. Um dia, o Mestre Tosui pediu-lhe que cavasse uma cova para enterrar um homem vitimado pela lepra. O discípulo obedeceu. Quando a fossa estava pronta, Tosui ordenou-lhe: "Segure as pernas, que eu o pego pela cabeça." O corpo do cadáver estava completamente apodrecido pela lepra, e o discípulo sentia náuseas de asco. Deixaram-no na cova aberta. Pouco depois, para refazer-se, o discípulo pediu a Tosui algo para comer. O Mestre respondeu: "Coma da sopa da fossa!" Naquele caldo cozido pela morte, a supuração das chagas se mesclava ao suco da podridão. "Eis aqui a sua refeição cotidiana. Nem conte com comer legumes ou carne!" O discípulo disse para si mesmo: "Se eu não puder comer disto, é porque minha vontade é fraca; devo comer!" Mas o primeiro bocado deteve-se em sua garganta, não podia engolir a imundície. O Mestre Tosui disse-lhe, então: "É difícil! Ser meu discípulo é muito difícil, é impossível para você." O discípulo caiu em lágrimas, e Tosui continuou: "Minha dimensão e a sua não são as mesmas. Nossas circunstâncias são diferentes. Você não pode ser mendigo. Deve ir e se tornar líder de templo." Desse modo, o discípulo retornou e se tornou um grande monge. Tosui, da sua parte, continuou como mendigo, dormindo onde podia, e morreu aos oitenta e oito anos, perto do templo Antai Ji em Kyoto. Ao final da sua vida, um rico mercador o protegia, empregando-o para fabricar e vender vinagre feito de resíduos de saquê. De vez em quando Tosui saía da tenda do seu protetor para ir dormir num estábulo. Levava sempre consigo uma imagem do Buda Amida, que colocava na parede. Escreveu acerca disso um pequeno poema:É incômodo aqui e há sujeira, mas lhe ofereço este estábulo. (Outra versão da história diz que ele pregou a imagem numa parede junto com uma placa onde escrevera: "Senhor Amida Buda: este quarto é estreito; posso deixá-lo ficar aqui temporariamente. Mas não ache que lhe pedirei para renascer no seu paraíso.")
- Taisen Deshimaru, "A Prática do Zen", p. 167-168
1:31 AM
20020625
{zen}
Agora com as mesmas cores das túnicas dos monges tibetanos. O laranja é o mesmo também da tradição Theravada. (E do queijo Cheddar... hmmmmm...) O Daibutsu não topa ser isolado por um fio. E eu preciso consertar o arquivo antes de chamar a galera.
7:19 PM
{om}
p.s.: esse novo esquema de cores aqui ficoú ótimo, primeiro pq eu funciono no gaudí default (siempre con colores), mas vc veja como o bold ganha um destaque ainda maior nesse fundo. talvez, pra ficar ainda melhor, fosse legal botar um fiozinho de 2 pixels ali no bottom da figura, aí fecha a área da imagem.
2:55 PM
{om}
"I have no special talents. I am only passionately curious." Albert Einstein.
2:50 PM
{om}
por um feliz acidente do destino, meu sgt.peppers by george martin não estava por aqui agora, quando me bateu uma vontade insana de lê-lo - ou de ler. então iniciei o próximo da fila, FILOSOFIAS DA ÍNDIA, de heinrich zimmer. foram 25 páginas até agora. o livro é absolutamente brilhante e eu já separei uns 5 ou 6 trechos pra digitar e colocar aqui. pra quem não se introduziu no assunto ainda, é melhor sempre pegar um tipo O TAO DA FÍSICA primeiro, mas anote bem o nome do livro do zimmer e prepare-se, é leitura esclarecedora e empolgante. é um retrato brilhante de quem somos, de quem a Índia é e do que acontece nos nossos tempos atuais (é o tema do primeiro capítulo, ocidente e oriente). o livro é de 1951.
2:49 PM
{zen}
E no seu blog eu estava citando Shankara, quando por curiosidade achei um link sobre ele. É interessante notar que a filosofia não-dual dele é derivada dos Vedas mas concorda totalmente com as idéias fundamentais do budismo clássico.
11:37 AM
{zen}
Ah, mas como diz o Estêvão Trabalhos, there's one more thing. Quero postar (ou montar num diretório numa página paralela) os textos pertinentes que escrevi sobre filosofia antes de criarmos este site.
11:15 AM
{om}
yo, mc! só estava esperando isso. vamos em frente! corte a fita!
10:27 AM
20020624
{zen}
Que vc acha, então, de: - Divulgar o site, finalmente? - Convidar mais pessoas pra discutir?
11:11 PM
{om}
.
10:03 PM
{om}
ninguém é de ferro, né... krishna é deus, não é santo. ;)
10:00 PM
{zen}
Em muitas gravuras, Krishna aparece tocando flauta para seduzir as pastorinhas...
9:12 PM
{zen}
O didj existe desde que existem aborígines na Austrália. Como dizem que eles estão lá há uns 40 mil anos, não seria muito arriscado afirmar que seja o instrumento mais antigo de todos, mesmo também porque é o que requer menos tecnologia (corte qualquer cano de 50 mm de diâmetro no comprimento de 130 cm e está pronto). Os índios do Xingu têm um similar também.
9:11 PM
{om}
Trumpet/Cornet Fingerings - o 1-2-3 embaixo das notas é a combinação de actions dos pistons. só pra ter uma idéia melhor.
11:20 AM
{om}
veja shiva, por exemplo. suas representacoes originais põem uma flauta numa de suas mãos (a direita eu acho). deuses geralmente tocam flauta, tambor ou harpa (q também foi um dos primeiros instrumentos, embora nao com o visual e o som rebuscado q têm hoje).
11:19 AM
{om}
didjiridoo é instrumento para criar mantras. o tibet deveria abrir um trading violento de didjis com a australia, nao sei como ainda nao abriu. se os africanos estiverem certos - muitas tribos lá dizem que Deus inventou primeiro os instrumentos musicais e depois foi assoprando as criaturas vivas de dentro de cada um deles - o didjiridoo com certeza foi um dos primeiros instrumentos que ele criou. mesmo se eles nao estiverem certos, o didji é indubitavelmente ancestral, pq se voce descontar os intrumentos de percussão - que não são exatamente precisos na notação musical - os primeiros instrumentos criados pelos brucutus do homo sapiens com notas mais definidas foram as flautas, que devem ser mães ou pelo menos tias dos didjis. ;) a dificuldade do trompete é que voce tem um bucal e tres pistons pra tirar umas quatro oitavas de notas dali de dentro. então, por exemplo, se voce nao acionar nenhum piston e' possivel tirar umas sete notas ou mais, so' na manha da respiracao e da embocadura. tambem nao e' tao barra pesada, mas e' estranho, pra quem tava acostumado com a guitarra, onde a nota e' solida e certa, muda tudo. mas e' um barato incomporavel. e' uma mágica.
11:16 AM
{zen}
Até que dá pra postar usando o Mozilla...
3:30 AM
{zen}
Tenho idéia da encrenca que é tocar trompete porque minha mulher tem aulas de violino. O visual do instrumento em si evoca um objeto mágico ou sagrado, e bem sei que isso só em parte é acidental. Meu pai tocou vários instrumentos, mas não se preocupou em me ensinar nada, pois o seu tempo na banda pertenceu a uma época do passado da qual ele preferiu apagar todos os vestígios da memória.
Compus no Reason uma trilha de ritmo, e improviso em cima dela em casa. É um mantra-yoga poderoso.
1:14 AM
20020623
{om}
voce ataca de photoshop, eu ataco de seis cordas. ou agora, novidade recente, de um sopro e três pistons. comprei um trompete! ;) sensacional. a minha febre por miles, dizzy e louis nao me deixou outra alternativa. esperei-a passar, mas nao obtive resultado. esperei de novo, e nada. tive que aceitar a missao. tenho 15 dias de treino apenas, e se voce tiver a minima nocao da dificuldade q e' aprender trompete deve saber que antes de um ano e nao devo tocar nada decente. mas eu estou amarradissimo e apaixonado pelo lirismo e pela introspeccao que uma notinha apenas produz no ambiente. é um instrumento divino. isso pra dizer que o que acontece com voce nas suas direcoes de arte acontece aqui comigo na improvisacao. desde garoto, quando comecei a aprender guitarra (uns 15, 16 anos), ja' comecei de cara com improvisacao - ate' por causa dos meus dois principais professores, ótimos improvisadores. hoje, tanto na improvisacao quanto na composicao impera um "let it be" visivel a olho nu. sempre fui um cara muito mental, controlador, racionalista, e esse meu aprendizado "oriental" (e a propria meditacao), me ajudaram muito a perder o controle das coisas, a andar num passo natural definido por outra coisa que nao eu, a prestrar mais atencao em sinais dados fora do pensamento. e a improvisacao e' assim: esqueça as escalas, esqueça o tom, esqueça voce, e entao se reconstrua a partir da ideia ou do sentimento que esta' repousando ao seu redor, numa harmonia, numa melodia, em alguma coisa por ali. e entao responda. realmente, é complicado escrever, mas é tão certo quando experimentar. e é o que eu mais adoro fazer hoje.
10:51 AM
{om}
explicar numa frase é difícil, mas eles tiveram um capítulo inteiro cada um. não é o caso de esperar que eles fossem sintéticos e geniais o suficiente para definir as mil e uma conexoes da criatividade em algumas folhas, mas por uma frase mal-feita daria pra sentir tranquilamente se sao conscientes, se estao perdidos, se sao egolatras, se sao qualquer outra coisa. o que ja' escrevemos aqui nao deu um capitulo e acho que ja' fizemos um esforço decente para a consciencia disso. ou nao. ;)
10:33 AM
{zen}
Sobre começar o blog "light", eu não me importo nada de entrar de sola, que nem o Krishnamurti. ;)
1:17 AM
{zen}
Entre os cartunistas que conheço (Laerte, Gonsales, Adão etc.) até virou bordão de piada a velha pergunta de fã: "De onde você tira suas idéias?" Eles não aguentam mais responder isso! A criatividade não pode ser adequadamente analisada com ferramentas racionais. Por isso, mesmo os artistas se enrolam para responder. Como explicar um mundo inteiro de coisas numa só frase? Porque, se for ver bem, a criação tem a ver com isso: é um mundo de elementos soltos na mente, que se recombinam e cristalizam em formas originais - e com participação decisiva do inconsciente. Como colocar isso numa fórmula, num manual de instruções? Não rola. E dizer que veio de Deus, então, é responder sem pensar. Certa vez escrevi sobre a definição original do hacker. Ele tem uma simbiose aparentemente sobrenatural com a máquina porque pode ver o mundo "de dentro dela", o que leva a soluções técnicas que seria muito mais difícil atingir apenas pela racionalidade. Isso também tem tudo a ver com criatividade. Eu particularmente não sou exatamente coisa nenhuma, sempre me dispersei demais para virar um expert genuíno. Mas essa fraqueza virou força nos momentos que exigiram a combinação de elementos de campos do conhecimento aparentemente desconexos. Meus assistentes perguntam: como é que consigo bater o olho, de forma aparentemente instantânea, bolar todo o roteiro de ações que levam à solução de um problema, incluindo variáveis numéricas e opções - sem chutes? No meu trabalho, jamais você executa exatamente o mesmo roteiro de ação duas vezes; "receitas de bolo" tiradas de livros de dicas não fazem um profissional. Tem que saber muito bem - não racionalmente, mas do fundo do seu ser, sem exagero - o poder invisível que faz as coisas acontecerem. É preciso conhecer como os dedos das próprias mãos as ferramentas e a ordem certa em que elas devem ser usadas. E - a coisa mais difícil de todas, que é impossível ensinar diretamente - deve saber conceber uma projeção mental de como aquilo que está sendo manipulado deverá ficar quando passar para o mundo da realidade, e confrontar as duas coisas para manter o rumo das ações. E, naturalmente, ter a mente aberta para incorporar a qualquer momento "acidentes felizes", efeitos que não tínhamos imaginado antes de começar, uma nova proporção de recorte etc. O que me lembra aquela famosa frase do Shunryu Suzuki: "para o principiante há muitas possibilidades, para o especialista há poucas". Isso tudo também tem a ver com criatividade... mas assim o assunto não acabaria nunca.
1:05 AM
20020622
{om}
os beatles criaram muita coisa sob a pressão de deadlines insanos. bach idem, com suas peças para as igrejas. um monte de gente vive essa "rotina degenerativa" e cria coisas divinas. mas quem leva na sua naturalmente faz melhor. eu nao sei te dizer se a insanidade dos prazos nao teria sido necessaria para a genialidade de muitas obras por ai'. 'as vezes simplesmente tem que ser assim. com relação à autoria, vc foi perfeito. co-autoria é o máximo que se pode admitir, e o mínimo que se deveria explorar na consciência da (co-)criação. e' uma pista gigante e grandiosa dada aos artistas. mas voce sabe como o mundo artistico tambem tem baloes enormes de ego voando pelo céu. eu li um livro chamado "por dentro do rock" que entrevistava artistas populares, tipo sting e bob dylan, perguntando a eles de onde vêm a inspiração deles, como compõem, etc. poucos têm uma noção esclarecida do papel que exercem na dança da criação, e embora alguns falem em Deus com uma postura de humildade e devoção, não escapam da visão católica tradicional - onde se atribui as coisas a Deus, mas nao se sabe como ou porque, realizando apenas um gesto-papagaio socialmente correto de bondade automatica (o que e' muito melhor que a egolatria ignorante do "autor autônomo", mas praticamente inefetivo na descoberta da consciência do universo). tambem nao sei que tipo de lição nós poderemos chegar com esse tipo de conclusões. ;) talvez me ajude um pouco, pq eu tambem sou musico e nao tenho muitas opinioes formadas sobre isso, entao e' bom trocar figurinha com voce. a gente vai conhecendo um pouco mais do campo, e, de certa forma, e' um papo legal e mais easy pra inicio de novo weblog.
11:10 PM
{zen}
Creditar a sua obra criativa a um insight divino e não desenvolver uma consciência especial relativa ao processo é um desperdício. Kandinsky escreveu, durante sua época na Bauhaus, um livro chamado "Do Espiritual na Arte", em que ele define a arte como aquilo que nasce de uma necessidade interior de expressão espiritual - o que se não é muito específico, ajuda a arrancar fora da categoria muita mercadoria rotulada como arte. Existem atividades criativas em que se é obrigado a criar num ritmo regular, não tem esse papo de esperar a inspiração. E os mestres são os primeiros a desprezar os artistas sem disciplina interna e informar que a obra resulta muito mais de esforço organizado do que de inspiração. Alguns artistas são boêmios (Lautrec), outros são nerds (Escher), e não dá pra imaginar um levando a vida do outro e produzindo coisas similares.
7:12 PM
{zen}
Sobre a busca de vidas passadas, não vejo problema até que a coisa vire uma obsessão, como às vezes pinta. Os problemas e as soluções residem só na vida presente.
7:04 PM
{om}
eu nao tenho nada a favor nem contra a rotina degenerativa, de q adianta eu ser contra ou a favor? e' a unica que temos! ;) estou justamente dizendo que ela poderia ser o main stage, e eu gosto qdo os ensinamentos entoam isso, respaldam isso. por isso eu falei do retiro. se vc sabe o q tá fazendo, como bem sabem os kapalikas, vai fundo. é um desafio consciente, a atencao deles esta' la' e eles sabem que caminho vao percorrer. mas quando eu respondi o negócio dos artistas, o que penso é q eles nao estao vivendo a rotina degenerativa como prática, nao ha' esse compromisso kapalika, nao ha consciencia, eles simplesmente tem uma "força estranha" (como diria Caetano) mais forte do que eles, e isso prevalece sob a rotina biodegradante de gente como Charlie Parker. é possivel que o charlie tenha vindo pagar uma divida karmica com sua confusao mental, seu vicio violento, sofrimento e sua morte prematura - e ainda sim demonstrar que transcendia intuitivamente com seu sax? é. mas é provavel? nao sei. o q há de fato é que os exemplos de iluminacao sem consciencia sao raros, e voce sabe disso. o wayne shorter (para usar um exemplo q já conhecemos) nao tem a quinta parte da criatividade e importancia do charlie, mas ele e' um cara que esta' indo "em bloco", ele transcende intuitivamente e pratica, ele está atento, ele "procura", ele atua no seu dharma. isso é provavel. ou ao menos mais provavel.
12:11 PM
{om}
se eles sao de fato a reencarnacao de iluminados conhecidos, qual o problema de informarem isso?
11:47 AM
20020621
{zen}
Aliás, esse negócio de que os fodões do momento são sempre reencarnações de alguém previamente conhecido e dar-se ao trabalho de reconhecê-lo é mania dos tibetanos.
8:19 PM
{zen}
A prece do Dalai Lama é o voto do bodhisattva.
8:09 PM
{zen}
Links relacionados ao Zen and the Art of Motorcycle Maintenance, de Robert Pirsig. Edição corrente em HTML Baixe o livro em PDF Um retrato e mais links Uma comunidade de seguidores de Pirsig
8:07 PM
{zen}
Eu não sou tão crítico da tal rotina degenerativa. Quem conhece o Hinduísmo pode saber acerca de uma misteriosa ala dos seguidores de Shiva, os Kapalikas, que buscava a vida degradante de propósito e fazia o possível para chocar e chamar a atenção das pessoas para a mediocridade de seus valores relativos, em contraste com a própria coragem em afrontar a totalidade desses valores. A elevação ao extremo da idéia de que Deus está em tudo e ao mesmo tempo transcende tudo. Se o cara está se destruindo para materializar seu insight, me pergunto se essa materialização não deriva especificamente de ele ter tal experiência. É encrencado julgar por parâmetros morais fixos.
8:02 PM
{om}
mas eles praticaram? você diz desses artistas mas eles o fizeram intuitivamente, né? recentemente, acho que num livro budista, um mestre explicou que a vida desregrada e insana de muitos artistas não era exemplo pra ninguém, muito menos pré-requisito pra genialidade. e foi bem enfatico dizendo que eles conseguiram realizar feitos geniais apesar da sua rotina degenerativa e negativa.
7:10 PM
{om}
curiosidade, esbarrei agora na web. a prece favorita de Tenzin Gyatso, o atual e 14º Dalai Lama:"So long as space remains. So long as suffering of sentient beings remain there, I will remain there to make some contribution for the benefit of others."
7:06 PM
{zen}
Suspeito que uma grande quantidade de artistas se enquadre.
7:03 PM
{om}
existe algum mestre, guru, lama ou algo do gênero no budismo que tenha se iluminado ou chegado perto da iluminação sem ter se retirado? e que, naturalmente, não seja reconhecidamente a encarnação de um outro sujeito brilhante? que tivesse sido, assim, um qualquer-um como a gente, com trabalho 9to5, barba pra fazer, pão pra comprar, conta pra pagar, grama pra cortar, louça pra lavar etc e tal ...
6:54 PM
{zen}
Calm Rocks, Surrounded by White Clouds On the high, inhospitable stone mountain I have found my home. Only birds are to be met with on this steep path, the traces of people end here. What exists outside my hut? White clouds shroud the calm rocks. A beautiful life. Year after year I experience the change from spring to winter. One meets for talks in the main hall. False fame surely is not useful
This poem is taken from the Kanzan-shi (Han Shan Shih, "Poems from Cold Mountain"). I'm very impressed with it. In the Kanzan-shi one often comes across the character "white clouds". Obviously, Kanzan (Han Shan, ca. mid-seventh century) loved those white clouds very much. A big rock, deep in the inaccessible mountains. He lived high up and kept apart from the world. Maybe that's why the white clouds could be his friends. Kanzan's poems on the white clouds describe his state of mind, which is identical with satori in Zen. Reading and thinking about these poems we can see how he experienced his life in the greatness of nature, full of attention and quiet. Kanzan is not so well known in Zen history, but he left us some wonderful poems. He is worth the modern man's attempt at understanding what his words want to tell us. Modern people live with the noise of the big, dirty city. Therefore, it is particularly important for us to occasionally experience Kanzan's state of mind. But Zen should in no case be misunderstood as escape from the present. If you run away from home only in order to escape your duties, but do not want to let go of greed, hatred, and ignorance, this is not right. One does not have to live like Kanzan. But it is necessary to try to get rid of the reasons for suffering. Then we will experience this clear state of mind, which he describes in his poems. - Hozumi Gensho Roshi, Zen Heart
3:28 AM
{zen}
As imagens rotativas da minha home mudaram. Acho que vc vai gostar ;)
3:14 AM
20020620
{zen}
Pois é, a gente já estudou e especulou e chegou à mesma conclusão de que estamos com a cara colada num muro : )
3:24 PM
{om}
Em minha própria vida, tive que resolver o conflito entre a simplicidade maravilhosa da vida monástica clássica e a diversidade deliciosa de dançar com a vida cotidiana. -Lama Surya Das, em "Awakening the Buddha Within". Genial, né? Até na hora de descrever um conflito os budistas são paradisíacos. Como é inspirador ver a realidade pelos olhos de quem já a vê como absolutamente abençoada.
9:17 AM
{om}
mas, como também já falei, os próprios budistas estão tratando de deixar claro que é possível resolver, ou mesmo evitar, que a gente (os ocidentais) caia nesse pequeno precipício que é o dilema do retiro.
Aqueles que vêem a vida mundana como um obstáculo para o Darma, não vêem o Darma nas ações diárias; estes ainda não descobriram que não existem ações diárias fora do Darma. - Mestre Dogen (fundador da escola Soto Zen), século XIII. meio ameaçador, mas correto. por exemplo, o ensinamento te diz como ficar completamente livre do apego, te diz o que acontece com vc quando se livra do apego, aonde vc vai chegar e lhe entrega mil versos anti-apego, mas não há um ensinamento que apresente um diálogo entre um super-apegado e um iluminado, para que a gente possa ter mais parâmetros, entende? poxa, livrar-se do apego no nosso mundo assim, lendo versos, é como transpor a muralha da China com um sopro. tem que ter mais sustentação. o próprio Dalai Lama, talvez sentindo a pouca base que o Ocidente tem para transpor seu mundo de apego (que é muuuito maior que o do Oriente), começou a lançar livros sobre a Raiva, a Tranquilidade, esses temas. é mais ou menos por aí.
mas admito que é exigência da minha parte também. o budismo é tão maravilhoso que exigir qualquer coisa dele é indolência de quem não está realmente disposto a dar um passo a frente. poderia dizer pra esquecer isso tudo que falei, mas acho que de certa forma foi (ou ainda será) útil.
p.s.: quando falei em transição, falei em transição interior, naturalmente. tudo aí é interior. sem ignorar a influência externa.
9:08 AM
{om}
sobre o retiro, no seu livro "O Despertar do Buda Interior", recente mas já bem conhecidinho, Lama Surya Das fala que uma das grandes decisões que o lama toma quando sai do seu próprio treinamento com o mestre é se vai continuar retirado, nos Himalaias ou em qualquer outro lugar, ou se vai para o meio das pessoas. ele diz que escolheu a segunda. não quero dizer que o retiro é a grande decisão da vida dos budistas, nada disso, o que eu disse é que eu sinto isso mais presente nos ensinamentos budistas do que, por exemplo, nos hinduistas.
8:56 AM
{om}
melhorar não melhora. mas tb não piora assim. ;) talvez com um espaçamento um pouquinho maior entre as linhas dê mais ar, porque tá um tijolão meio assustador. temos que usar bastante bold, itálico e links pra dar uma colaborada. quem reclamou de letra grande com certeza tem uma configuracao superior a 1024 pois em 800 isso deve ficar gigantesco.
8:50 AM
{zen}
Me diz se com a letra em tamanho maior a leitura melhora, senão voltamos ao tamanho menor. Teve reclamação contra a diminuição da letra no meu blog pessoal.
1:33 AM
20020619
{zen}
O trecho abaixo do Krishnamurti funciona como um resumão dos temas do primeiro terço do livro. Agora, imagine isso durante 268 páginas - transcrevi apenas três delas. É de virar a cabeça. O diálogo é muito fluente, mas tenho que lê-lo muito devagar e me concentrar antes, de forma bem pouco usual. Normalmente eu leio três ou quatro livros em sessões alternadas sem perder o fio da meada de cada um, mas com este não dá. É muito denso!
Uma coisa que o texto aponta é que, quando você enfrenta ou nega diretamente o ego, está apenas dando mais força a ele. A mente dualista não resolve; é preciso achar uma terceira via, uma via "global". Ela está sempre presente e nós a intuimos frequentemente (conforme no trecho que fala de insight), mas não conseguimos escapar para dentro dela porque isso implica acabar com a mente como a conhecemos; e como ela é a única coisa que conhecemos...
O Zen diz expressamente que o retiro (num contexto mais limitado, observe bem) não é necessário, que a iluminação pode ser buscada no meio dos afazeres triviais. Mas como as disposições mentais das pessoas variam muito, há gente que se sente mais confortável "retirando-se" através de rituais elaborados, repetição de fórmulas mágicas (orações e mantras), cultos a santos e deuses etc. É uma escada mais comprida e menos difícil, com paradas para descanso, corrimãos... O Zen, em contraste, é alpinismo no Himalaia.
Vc fala em transição de um ser perdido no samsara para um iluminado. O Zen, ao contrário de outras escolas, não usa essa idéia de movimento. Não é preciso sair daqui (metaforicamente falando ou não) para ir buscar a verdade em algum lugar, porque tudo contém a verdade. O verdadeiro desafio é interno.
Sidarta Gautama gastou seis anos como peregrino asceta porque era esse o costume dos adeptos da época. E ele, um aristocrata leigo no início, queria saber qual que era a parada. Estava experimentando. Mas chegou uma hora em que ele disse basta a tudo isso. Não é preciso se torturar. Não é por aí. O que ele chamou de "caminho do meio" é exatamente isso: desprezar as práticas ascéticas rigorosas e todos os outros extremos como meios de buscar a verdade. Então, por que essas práticas perduram até hoje na Índia? Porque o Buda foi um revolucionário, e nem todos estavam a fim de ouvir um radical desse nível. A doutrina dele golpeou diretamente o bramanismo, e de forma inesperada. Ele dizia para nunca se confiar em ninguém - escrituras sagradas, rituais, mestres... Rompeu as divisões de casta e sexo, dizendo que todo mundo tinha o mesmo direito de se auto-aperfeiçoar. Afirmou que toda especulação metafísica, até mesmo sobre a natureza ou existência de Deus, é fútil e desnecessária. Foi uma puta cacetada nas instituições religiosas estabelecidas. Daí que suas idéias encontraram uma resistência não-pacífica. Um dos discípulos até o traiu e tentou matá-lo (isso tudo não lembra mais alguém? ;). Como resultado dessas indas e vindas, passaram os séculos e o budismo se deu melhor além das montanhas do que na terra natal, onde foi meio que esquecido, e paradoxalmente o hinduísmo absorveu dele uma porção de influências.
9:21 PM
{om}
fiz uma cadeira de psicologia quando cursei jornalismo e uma das atividades eram ensaios da "reação" humana. logicamente, reações do ego, mas ninguém falou nesses termos. o sujeito entra na sala e começa a discursar sobre o assunto. três reações coletivas previamente combinadas (sem a ciência do discursante) foram apresentadas pelos alunos: 1) concordância: todo mundo aprovou o que o discursante falou, o que o deixou feliz e orgulhoso. 2) rejeição: todo mundo negou o que o discursante falou, o que o deixou confuso, fragilizado e talvez até muito puto. 3) indiferença: ninguém deu a mínima para a presença do discursante, que entrou em parafuso e quase se suicidou. tudo isso pra dizer que a nossa reação com nosso próprio ego poderia - ou deveria? - ser mais de indiferença do que de rejeição. se eu fizer greve de fome ou auto-tortura, estou rejeitando o ego e a mente, ou seja, reafirmando-os, dando combustível para sua presença. se eu for indiferente, não sei exatamente onde ela vai se esconder, mas o resultado me soa mais positivo. e talvez o retiro não seja a saída mais natural.
11:50 AM
{om}
talvez me falte literatura, mas sempre que leio algo profundamente budista, sinto que há um convite intrínseco ao retiro. pouco se oferece de sustento a quem queira seguir seu dharma no meio de quem não segue. é difícil, nota-se que o retiro é mais "prático", mas não há como todos se retirarem, há? com o perdão do trocadilho, não há um "caminho do meio", um meio-termo onde você consiga se vislumbrar numa transição de um ser perdido no samsara para um ser iluminado. os ensinamentos budistas me passam essa dificuldade, apesar de serem extremamente ricos e detalhados psicologicamente, e paradisiacamente esclarecedores filosoficamente. pois veja o seu post piada do dia 1º, você ensaia um retiro ali, pq é o ideal (zen-) budista. o próprio buda vagou, vagou, vagou em sua busca, e "de repente" se iluminou, revelando após as nobres verdades etc e tal. estou viajando?
11:41 AM
{om}
to retire or not to retire. um shakespeare budista poderia ter escrito isso.
9:46 AM
{om}
sensacional. obrigado por sua paciência de digitar e postar aqui esse trecho maravilhoso.
9:12 AM
{zen}
[...] Krishnamurti: What is it? Will this question lead us anywhere? Dr. David Bohm: Unless we actually uncover it, it will lead nowhere. K: I think one could find out, if one applied one's mind. I am just asking: is this question worth-while, and is it related to what we have been discussing? Or shall we take up something else in relation to what we have been talking about? DB: Well, I think that we have been talking of bringing about an ending to time, an ending to becoming. And we talked of coming into contact with the ground, through complete rationality. But now we could say that the mind is not rational. K: Yes, we said man is basically irrational. DB: This is perhaps part of the block. If we were completely rational, then we would of necessity come to this ground. Would that be right? K: Yes. We were talking the other day about the ending of time. The scientists, through the investigation of matter, want to find out that point. Also the so-called religious people have endeavoured to find out - not only verbally - if [psychological] time can stop. We went into it quite a bit, and we sai it is possible for a human being, who will listen, to find out through insight the ending of time. Because insight is not memory. Memory is time, memory is experience, knowledge stored up in the brain, and so on. As long as that is in operation there is no possibility of having insight into anything. Total insight, not partial insight. The artist, the scientist, the musician, they all have partial insights and therefore they are still time-bound. Is it possible to have a total insight, which is the ending of the 'me', because the 'me' is time? Me, my ego, my resistance, my hurts, all that. Can that 'me' end? It is only when that ends that there is total insight. That is what we discovered. And we went into the question, is it possible for a human being to end totally this whole structure of the 'me'? We said yes, and went into it. Very few people will listen to this because it is perhaps too frightening. And the question then arises: if the 'me' ends, what is there? Just emptiness? There is no interest in that. But if one is investigating without any sense of reward or punishment, then there is something. We say that something is total emptiness, which is energy and silence. Well that sounds nice, but it has no meaning to an ordinary man who is serious and wants to go beyond it, beyond himself. And we pushed it further: is there something beyond all this? And we say there is. DB: The ground. K: The ground. Is it that the beginning of this enquiry is to listen? Will I, as a human being, give up my egocentric activity completely? What will make me move away from that? What will make a human being move away from this destructive, self-centred activity? If he will move away through reward, or punishment, then that is just another thought, motive. So discard that. Then what will make human beings renounce - if I may use the word - renounce it completely, without motive? You see, man has tried everything in this direction - fasting, self-torture in various forms, abnegating himself through belief and denying himself through identification with something greater. All the religious people have tried it, but the 'me' is still there. DB: Yes. The whole activity has no meaning, but somehow this does not become evident. People will move away from something which has no meaning, and makes no sense, ordinarily speaking. But it seems that the perception of this fact is rejected by the mind. The mind is resisting it. K: The mind is resisting this constant conflict, and moving away from it. DB: It is moving away from the fact that this conflict has no meaning. K: People don't see that. DB: Also the mind is set up purposefully to avoid seeing it. K: The mind is avoiding it. DB: It is avoiding it almost in purpose, but not quite consciously, like the people of India who say they are going to retire to the Himalayas because nothing can be done. K: But that is hopeless. You mean to say that the mind, having lived so long in conflict, refuses to move away from it? DB: It is not clear why it refuses to give up; why the mind does not wish to see the full meaninglessness of the conflict. The mind is deceiving itself, it is covering up. K: The philosophers and so-called religious people have emphasized struggle, emphasized the sense of striving, control, effort. Is that one of the causes why human beings refuse to let go of their way of life? DB: Possibly. They hope that by fighting or struggling they will achieve a better result. Not to give up what they have, but to improve it by struggle. K: Man has lived for two million years; what has he achieved? More wars, more destruction. DB: What I am trying to say is that there is a tendency to resist seeing this, but also to go back to hoping that the struggle will produce something better. K: I am not quite sure if we cleared this point; that the intellectuals - I am using the word respectfully - the intellectuals of the world have emphasized this factor of struggle. DB: Many of them have, I suppose. K: Most of them. [...] - The Ending of Time, pp. 78-81
3:31 AM
20020618
{zen}
Making of é bacana. O que eu podia fazer é deixar os posts não-pra-valer com uma cor diferente dos posts pra-valer. Vou alterar este blog pra diferenciar mais dos outros. Que tal um tema visual todo alaranjado?
7:57 PM
{om}
se voce quiser tirar esses posts anteriores, que tratam de assuntos meramente sub-tecnologicos, vai em frente. senao, fica como making of. a verdade nua e crua sobre aquele que se tornará o maior blog espiritual da face da Internet. oia! ;)
1:46 PM
{zen}
Opa, põe na mesa
2:13 AM
20020617
{om}
e ae? vamos cortar a fita e começar?
9:04 PM
{om}
o pessoal do meu hosting não aceita espaço como subdomínio. quer dizer, até aceita, mas não começando por ele. aí não rola. só que brincando disso eu descobri como o yahoo consegui mensagens personalizados para endereços errados como wwww.yahoo.com (com 4 r's) ou ww.yahoo.com (com 2 r's): os w's são subdiminios. ah, provavelmente vc ja' sabe, mas eu achei bacana. ;)
9:03 PM
{om}
nunca vi disso, o computer parar por causa de um case de CD que caiu. uia.
3:39 PM
{zen}
Aquele script não sobreviveu ao pau catastrófico... Pesquisando um pouco, achei um que é fácil de configurar - ele se vira com o número de imagens fornecido e as apresenta em ordem totalmente aleatória, com uma imagem inicial fixa (era um "ruído de TV", mas troquei por um transparente) e preload. Ele não tem blending, mas descobri que isso só funciona em browsers bem recentes. Agora é questão de tempo pra minha home page ficar similar a esta ;)
6:23 AM
{zen}
Não é inflexibilidade, e sim concepções diferentes, o que intrinsecamente não é ruim. (Nota mental: da próxima vez discuto meios e metas de antemão.)
12:20 AM
20020614
{om}
ah, que chato sua inflexibilidade. nao tem nada de mais sofisticado, e' ate' mais simples, ja' expliquei isso. bem, vou tentar colar alguma coisa lá, se nao rolar, a gente passa a segunda nesse aqui e aceleramos. holdonasec.
9:27 PM
{zen}
O script de blending é exatamente o que eu precisava pro meu blog ;) e vc tem razão quanto a ele simplificar a parte operacional. Por outro lado, o resto das idéias não bate muito com o que espero do blog finalizado. A rigor, a fase de construção já estaria terminada com o que temos aqui. Já não estamos conversando? Se vc ainda tiver metas muito diferentes ou mais sofisticadas, não vou obrigar vc a me seguir. Vamos inverter: monte um blog no seu espaço e me convide lá, e eu reciclo este pra outro projeto...
7:55 PM
{om}
livejournal, mais uma: o template e' deles, ne'? entao nao vale. enterrar a imagem nao e' boa ideia. nao ter cara e' uma coisa, pasteurizar e' outra. o template e' deles?
5:38 PM
{om}
ah, mais uma coisa boa sobre o livejournal: nao precisariamos de comments, pq o visitante tem um post 'a sua disposicao.
5:37 PM
{om}
se fosse pra ser minimal nao teria imagem nem background.
5:35 PM
{om}
ah, e' um script simples e o que aparece tem mais a ver do que uma gif que muda rigidamente. uma gif animada nao e' menos complicada do que o script. ate' porque o script vai dar um pre-load nas outras imagens e vai fazer a visualizacao da primeira ser bem mais rapida. sem falar que quando vc quiser inserir uma imagem no gif animado, tem que abrir a gif, trocar a parada, gravar e enviar pro servidor. com o script, vc so' renomeia a imagem e manda pro servidor. esse negocio de complicado ai' nao rolou. o efeito que o dhtml causa aos olhos tem muito mais a ver com a pagina.
5:34 PM
{om}
pq aí vc democratiza ne', fica todo mundo no mesmo patamar. pode ser.
5:32 PM
{zen}
A rigor mesmo, uma página no LiveJournal seria até mais indicada, se a idéia é ter apenas uma plataforma aberta de diálogo.
3:31 PM
{zen}
uhm, está ficando muito complicado. Não sei se essa poderia ser a sua orientação em relação especificamente a esta página, mas minha idéia é minimalista de propósito. Colega de trampo meu, animador de Flash, ficou maravilhado ao saber que a imagem ao lado é um simples GIF animado. O objetivo de abrir a página pra começar a discutir filosofia está atingido; então... vamos nessa. Sobre criar outro endereço para redirect: pode ser, mas nem mesmo disso faço questão.
3:02 PM
{om}
vou mandar coisas por email.
8:51 AM
{om}
sobre os comments, tb tem no movable type e demora menos que o yaccs, pq roda no meu servidor. alias, agora q me toquei, o movable type me permite criar quantos blogs eu quiser, poderiamos usar o esquema deles, q esta' no meu servidor. e nao precisaria trocar o servidor da pagina em si, o que seria interessante pois vc poderia fazer uploads de imagens no teu servidor. tem que medir os pros e cons pra ver se vale realmente mais a pena. q te parece?
8:49 AM
{om}
ok, sem o banner, mas o endereço eh muito longo. subdominio com redirect nao custa nada pra mim.
8:46 AM
{om}
ordem cronológica. warning: quem for visitante assíduo vai encher o saco de ter que dar scroll lá pra baixo toda vez que acessar, e depois que entrarmos em arquivo, vai ficar estranho acessar "do início". acho q o melhor e' a postagem normal. talvez um truque seria nos referirmos com certa frequencia aos posts anteriores, pra criar a curiosidade e a necessidade de se ler meio q cronologicamente.
8:45 AM
{om}
opa! podemos colocar um dê-html que vai esmaecendo e fazendo a outra surgir devagarinho, fica mais meditativo. vai ficar classe. sabe qual é?
8:43 AM
20020613
{zen}
Que tal colocar o sistema de comentários do YACCS? Parece tosco, mas é o mais eficiente. Todos os outros demoram muito pra abrir, mesmo na minha não-carroça do trabalho. E permite mudar o tamanho da janela para ler melhor - coerente com esta página.
10:11 PM
{zen}
Sabe o que ia ser legal? Colocar os posts por ordem cronológica direta. Pena que todo mundo se acostumou tanto ao jeito inverso que seria preciso colocar uma seta enorme escrito "ÚLTIMOS POSTS ABAIXO" e ficaria ridículo.
9:45 PM
{zen}
Já estamos! Que alívio, eh? Quanto à rotação da figura, fiz outra coisa mais divertida... fique olhando para ela por algum tempo.
9:22 PM
{om}
vamos pra lá, então!
8:23 PM
{zen}
uma pergunta por vez: - não precisa de texto de apresentação, é só ir tacando coisas aqui e o autêntico buscador da verdade vai se virar... - posso mudar a página do blogspot pro mesmo servidor onde estão as imagens.
7:57 PM
{om}
enfim, vamos fazer um texto de intenções do blog? tipo apresentar o dharma aos colegas que escolheram o caminho do celibato? ;)
6:29 PM
{om}
e os caras sabem da violência q cometem: get rid of this ad. mande esse banner pro espaço!
6:25 PM
{om}
olha, se quiser podemos agasalhar a criança no meu servidor, nao me parece que vamos ter tantos ultrabytes de massa. phoda e' a minha senha ficar no servidor do blogger, isso tira o sono da gente. qual a próxima saída?
6:23 PM
{om}
pô, isso é com o blogspot, né não? me sobe um calafrio pela espinha qdo eu vejo esse banner da blogspot, que coisa mais violenta.
6:21 PM
{zen}
Que precisa para fazer um rodízio automático entre esse daibutsu e outras imagens, de forma que a gente veja uma diferente a cada vez que acessar?
4:56 PM
{zen}
Os banners são problema. Tem que pagar uma grana pra sumir com eles. O fundo da página é preto e a tabela cinza para separar bem uma coisa da outra. Sobre o blog não ter nome: a idéia era deixar em branco até mesmo o título, mas o browser não deixa. Se bem que o menuzinho da interface de publicação com a linha em branco ficou classe... Será que existem outras páginas sem nome na Web? Creio que sim... afinal, tudo existe na Web.
4:53 PM
{om}
Esses banners aí em cima é que não rolaram.
4:48 PM
{om}
Muito maneiro clicar no "nada" entre os meus blogs ali no Blogger. Hahaha. Totalmente sobrenatural. Jakob Nielsen sua frio com uma febre dos infernos a essas horas. ;)
4:47 PM
{om}
Shall you not use blogspot banners - Tutshanamakara
8:49 AM
{zen}
Life resembles flowing water. It never flows backward. What does modern man search for in his limited life? Is he searching for vanity? Development? His empty heart? - Hozumi Gensho Roshi
5:49 AM
{zen}
Mu!
12:34 AM
|
|